Coordenador do MLST diz que manifestantes foram impedidos de apresentar pedidos ao Congresso

06/06/2006 - 16h04

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O coordenador do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Marcos Praxedes, informou que os manifestantes que estão nas dependências do Congresso vieram à Casa apresentar uma pauta de reivindicações e foram barrados pelos seguranças. Segundo ele, a violência partiu dos guardas, que "partiram para cima da gente. E aí a gente se defendeu". Praxedes estima que cerca de 1.300 integrantes do MLST estejam no Congresso neste momento.

Segundo ele, o Congresso ouve reivindicações de banqueiros, usineiros e empresários, mas não querem ouvir os trabalhadores. "Essa é uma casa do povo, construída com dinheiro público, onde todos tem o direito de ir. Mas aqui os trabalhadores não são recebidos", disse.

Os manifestantes, segundo o coordenador do MLST, querem, entre outras coisas, a derrubada da Medida Provisória que impede as terras ocupadas de serem vistoriadas e desapropriadas para fins de reforma agrária. Querem também a punição dos criminosos "que mataram nossos companheiros em 2005, principalmente em Pernambuco", disse o coordenador do MLST.

Segundo ele, os manifestantes negociam neste momento a formação de uma comissão para conversar com os presidentes da Câmara e do Senado para apresentar as reivindicações.

O deputado Paulo Rubem (PT-PE), um dos parlamentares que negocia com os manifestantes, afirmou que essa invasão "não ajuda ninguém" e nada disso teria acontecido se tivesse sido feita uma negociação prévia. "Nenhum de nós aprova invasão, e nem queremos a presença da Polícia Militar. Vamos negociar uma saída".