Rio, 26/5/2006 (Agência Brasil - ABr) - Ainda em formação no Brasil, o segmento de pequenos produtores (ou produtores independentes) de petróleo já é uma realidade em países como o Canadá e os Estados Unidos. "Somente nos Estados Unidos, convivem com os grandes produtores de petróleo cerca de 23 mil pequenos e médios produtores. O segmento dos independentes incorpora cerca de 300 mil profissionais ao mercado de trabalho", afirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima.
Em entrevista à Agência brasil, Lima ressaltou o sucesso e o interesse despertados no ano passado, quando, paralelamente à 7ª Rodada de Licitações para novas áreas exploratórias, a ANP ofertou 17 campos maduros nos estados da Bahia e de Sergipe. "O leilão foi um sucesso. Apresentamos 17 áreas e 86 pequenas e médias empresas se habilitaram a participar do leilão. Eram empresas interessadas em entrar no mercado, mas como somente 16 áreas foram comercializadas, ainda há interesse em jogo, principalmente por parte das empresas que não conseguiram arrematar blocos".
Na segunda rodada de áreas inativas, a ANP vai ofertar 21 campos maduros, cuja produção precisa ser revitalizada. "A vantagem das áreas ofertadas é que quem arrematar o bloco não terá que furar o poço, o que custa caro. Já há o poço, há o petróleo, e o campo só precisa ser revitalizado. É o tipo de produção que não interessa ao grande produtor, mas que pode se revelar atraente para o pequeno e o médio, em função do preço do barril no mercado externo", disse Lima.
Das 21 áreas ofertadas, três localizam-se no Maranhão, na bacia de Barreirinhas; 10 no Rio Grande do Norte, na bacia Potiguar; e oito no Espírito Santo, na bacia do mesmo nome. O leilão será no dia 28 de junho. Segundo Lima, o formato é o mesmo do leilão passado: "São áreas onde existem diferentes poços de petróleo e que, no passado, produziram. Diante do pequeno volume, foram fechados pela Petrobras e devolvidos para a ANP, que agora os está licitando para serem revitalizados", concluiu Lima.