Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,27% em maio, 0,10 ponto percentual acima da registrada em abril (0,17%). O resultado interrompe a trajetória de queda observada desde o mês de janeiro. Com o número divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado do ano está em 1,85%. Nos últimos 12 meses a taxa soma 4,31%.
O IPCA-15 mede a inflação com base nos preços praticados dos últimos 15 dias do mês anterior até o fechamento da primeira quinzena do mês atual. O índice serve como prévia do IPCA, que consolida a variação dos preços em cada mês e é utilizado pelo governo para acompanhar as metas de inflação do país.
De acordo com o IBGE, a principal causa da elevação do índice de abril para maio foi o aumento médio de 5,5% nos preços dos remédios, autorizado no final do mês de março. A gasolina, que subiu em média 1,02%, também ajudou a puxar a inflação. As maiores variações no preço do combustível se registraram em Goiânia (8,99%) e Recife (6,79%), ainda como conseqüência do repasse do reajuste do álcool que entra na composição da gasolina.
O preço dos alimentos, que teve reduções sucessivas desde fevereiro, desta vez manteve-se praticamente estável – foi de 0,06% em relação ao mês passado. Os preços do frango, que antes vinham em queda, reagiram e subiram 2,43%. O índice médio do preço do produto foi influenciado por aumentos significativos em Porto Alegre (13,82%), no Rio de Janeiro (12,21%) e em Curitiba (7,65%).
Outro destaque foi o tomate que ficou 32,20% mais caro, por causa da entressafra. Em Recife a alta do preço do produto chegou a 76,74%.
Os maiores índices regionais do IPCA-15 foram registrados nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Recife: 0,66%. Em ambas, a alta de alimentos e de combustíveis ficou bem acima da média nacional.
A pesquisa é realizada junto a famílias com renda de um a 40 salários mínimos que vivem nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Belém, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.