Ministro destaca importância da integração entre instituições da área de segurança

18/05/2006 - 19h05

Rio, 18/5/2006 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou hoje (18) que uma das faces da integração entre as instituições de segurança pública de todo o país é a criação da Força Nacional de Segurança Pública, que resulta de um esforço de cooperação federativo entre todos os estados.

Segundo o ministro, cada estado cedeu um determinado número de homens e, hoje, mais de sete mil policiais treinados compõem a força nacional. Caberá a esta força cuidar da segurança durante os Jogos Pan-Americanos que serão disputados em 2007, Rio.

O ministro destacou também o resultado dos investimentos feitos pelo governo na Polícia Federal. Ele disse que o governo investiu em recursos humanos, treinamento, planejamento estratégico, aquisição de equipamentos e inteligência, o que contribuiu para que a instituição tivesse papel fundamental no combate ao crime nos últimos três anos. Nesse período, a Polícia Federal realizou mais de 240 grandes operações, "desbaratando quadrilhas e impedindo criminosos de continuarem a sangrar os cofres públicos".

Para ele, o investimento feito na Polícia Federal valeu a pena. O ministro lembrou que o objetivo final do crime organizado é a lavagem de dinheiro e ressaltou que, quando se combate esse delito, combate-se "efetivamente a causa mais estimulante do crime". Por isso, é fundamental estabelecer no Brasil uma cultura de combate à lavagem de dinheiro, afirmou.

Bastos informou que o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça vai fechar este ano com tratados de colaboração em matéria de processo penal, direito penal e lavagem de dinheiro firmados com 50 países. Segundo ele, os inquéritos policiais e as ações penais subiram de dois ao ano, em 1988, para 600 por ano. Segundo ele, isso mede a eficiência da luta contra a lavagem de dinheiro.

Bastos informou que o Ministério da Justiça vai realizar, no fim deste ano, a 4ª Estratégia de Combate à Lavagem de Dinheiro. Trata-se de uma reunião anual que traça as metas para o futuro e envolve 30 órgãos do governo federal, além de órgãos municipais e estaduais. Ainda neste ano, o governo vai inaugurar quatro presídios, e mais uma unidade deverá entrar em funcionamento no início do próximo ano.

O número de vagas será pequeno (mil vagas) em relação ao déficit do setor carcerário, mas serão "vagas qualitativas", disse o ministro. Para essas unidades serão transferidos chefes de quadrilhas, com o objetivo de desarticular as organizações criminosas.