Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio - A segunda edição do Feirão Nacional da Casa Própria foi aberta hoje (18) no Rio de Janeiro com a expectativa de receber, até domingo (21), mais de 60 mil visitantes e realizar cerca de 5 mil negócios. Segundo o vice-presidente de Finanças da Caixa Econômica Federal, Fernando Nogueira, a estabilização da economia brasileira, com baixa inflação, sem ameaça de desemprego, além dos amplos prazos de financiamento são os principais fatores que despertam na população o desejo de comprar seu imóvel. "Esses fatores geram um horizonte confortável e as pessoas estão buscando mesmo o financiamento", afirmou.

De acordo com Nogueira, nos últimos três anos, a média de financiamento anual da Caixa foi de 407 mil unidades habitacionais. Este ano, a expectativa é de que sejam financiados 450 mil imóveis. "Esta é a maior média anual desde a década de 1970. Considerando que cada família é composta por quatro pessoas, nós atendemos a cerca de 1,9 milhões de pessoas. Isso significa construir quase uma nova Curitiba", disse o vice-presidente da empresa.

Ao todo, 35.358 imóveis novos, usados e na planta serão oferecidos durante o evento, com garantia de financiamento de até 100% do valor, além de prestações decrescentes e prazo de pagamento de até 20 anos.

De acordo com o superintendente regional da Caixa no Rio de Janeiro, José Domingos Vargas, o objetivo é contemplar todas as faixas de renda, inclusive trabalhadores informais. Neste caso, os interessados devem levar qualquer documento que comprove uma movimentação financeira em seu nome, como extrato bancário, por exemplo. Os profissionais da Caixa vão analisar a situação e, segundo Vargas, o cadastro geralmente é aprovado.

Para ele, visitar o feirão traz inúmeros benefícios. "Aqui, o comprador tem a grande vantagem de encontrar reunidos em um só lugar diversos imóveis sob diversas condições. Isso lhe permite exercer seu poder de barganha e até conseguir redução do preço de venda",
acrescentou.

Ainda de acordo com José Domingos Vargas, mais de 60% das ofertas devem interessar a pessoas com renda de até 10 salários mínimos, como é o caso do aposentado Carlos Ferreira, morador de Irajá, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Ele sonha com a casa própria há mais de dez anos. "Só agora tomei essa atitude de correr atrás do meu imóvel, pensando
principalmente em deixar para os meus filhos. Tomara que eu saia daqui feliz", disse.