Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Trabalhadores rurais de todo o país realizaram manifestação em frente ao Ministério da Fazenda, na manhã de hoje (18), para encerrar as atividades do Grito da Terra Brasil 2006. Depois de passeata na Esplanada dos Ministérios, o carro de som com bandeiras da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e das federações estaduais (Fetags) parou na pista ao lado do Ministério da Fazenda para discursos com reivindicações da categoria. A manifestação foi acompanhada por cordões de policiais.
O diretor da Fetag-Bahia, Wellington Santos, ressaltou que os trabalhadores estavam ali para lutar por mais crédito e direitos trabalhistas da agricultura familiar, que responde por cerca de 40% da produção brasileira de alimentos. A Contag e as Fetags não querem que se misturem os interesses dos patrões e latifundiários com os interesses dos trabalhadores rurais. Atualmente, se realizam protestos de grandes e pequenos produtos por todo o país. Segundo Wellington Santos, os patrões procuram o governo para renegociar suas dívidas, enquanto "nós pedimos o mínimo de dignidade para trabalhar e produzir".
Santos disse que o Grito da Terra 2006 deixa Brasília, depois de três dias, com "uma sensação de frustração" no andamento lento das negociações para aumentar o ritmo da reforma agrária. Mas destacou que levava pelo menos um "resultado bom" para suas bases, no interior da Bahia, que era o compromisso do presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), de encaminhar junto ao governo e às oposições a votação do projeto de lei que trata da previdência rural.