Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Acupuntura, fitoterapia, homeopatia, e termalismo. Essas são as práticas terapêuticas alternativas que num prazo máximo de seis meses vão estar gratuitamente à disposição da população no Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria 971, assinada nesta quinta-feira (4), explica as características de cada modalidade que será adotada pelo SUS.
A acupuntura faz parte da medicina tradicional chinesa. Surgiu há milhares de anos na China, mas só chegou ao ocidente na metade do século 20. No Brasil, a prática foi introduzida há cerca de 40 anos. A prática aborda de maneira integral o processo saúde-doença no ser humano. A técnica compreende o estímulo preciso de pontos espalhados pelo corpo com o uso de agulhas metálicas.
Os acupunturistas e defensores da técnica dizem que a estimulação dos pontos provoca a liberação, no sistema nervoso central, de neurotransmissores e outras substâncias responsáveis por promover o alívio da dor, restaurar funções orgânicas e produzir imunidade a doenças. Pode ser utilizada em pós-operatórios, para náuseas e vômitos pós-quimioterapia, dependências químicas, reabilitação após acidentes vasculares cerebrais, dor de cabeça, asma, entre outros.
Já a homeopatia é do tempo de Hipócrates, considerado o pai da medicina. Surgiu no século 4, antes de Cristo. É caracterizada pelo uso de remédios naturais destinados a aumentar a capacidade curativas que o organismo possui. Para isso, são utilizados remédios fortemente diluídos. Pode ser utilizada principalmente para curar doenças crônicas não-transmissíveis, como as respiratórias e alérgicas e em transtornos psicossomáticos.
"A homeopatia médica e popular têm emprego não só na prevenção, mas elas cobrem uma série de doenças, sobretudo crônicas, agudas, então tem um tratamento bastante universal", explica o professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e membro da Associação Brasileira de Homeopatia Popular (ABHP), Augusto Passos.
Já a fitoterapia é um recurso caracterizado pelo uso de plantas medicinais no tratamento de doenças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 80% da população mundial utiliza essas plantas e preparos no cuidado primário à saúde. O Brasil é considerado um país com grandes possibilidade de desenvolver essa terapia, já que possui cerca de 55 mil espécies de plantas catalogadas.
Por fim, o termalismo social ou crenoterapia é o uso de águas minerais com finalidade terapêutica. É utilizado de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde.