Aldo Rebelo analisa punições contra possíveis envolvidos em fraudes de licitações

05/05/2006 - 18h33

Iolando Lourenço
Réporter da Agência Brasil

Brasília - A Operação Sanguessuga, da Polícia Federal, prendeu dois ex-deputados e 11 assessores de deputados envolvidos em fraudes de licitações e emendas parlamentares. O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse que os parlamentares precisam adotar medidas rigorosas em relação aos funcionários e aos deputados envolvidos em fraudes.

"As denúncias são muito graves porque a Câmara tem o papel constitucional de fiscalizar os recursos públicos. E quando funcionários da Casa e até parlamentares são envolvidos neste tipo de denúncia é evidente que a Câmara tem que adotar uma providência rigorosa tanto em relação aos funcionários quanto em relação aos parlamentares envolvidos em ilicitudes", disse.

Aldo Rebelo se encontra em missão oficial no Paraguai. Amanhã (6), quando retorna a São Paulo, vai discutir com a Diretoria-Geral e com a assessoria jurídica da Câmara as investigações contra parlamentares, ex-parlamentares e assessores da Casa. O processo, que corre em segredo de justiça, foi entregue pela Polícia Federal à presidência da Casa e já está em poder da Assessoria Jurídica da Câmara que está fazendo uma análise da matéria.

"Depois de examinar o processo no fim de semana, que eu pretendo anunciar [possíveis punições] no início da semana que vem", disse Aldo Rebelo, ao se referir às medidas que ele pretende adotar contra os parlamentares e assessores citados no processo pela PF.

O secretário-geral da Mesa Diretora, Mozart Vianna, informou que o presidente da Câmara já autorizou que os deputados citados no processo poderão ver o documento para tomar conhecimento das denúncias contra eles, mas somente terão acesso às partes onde são citados. Segundo Vianna, os deputados não poderão nem tirar cópias da parte do processo onde são citados, uma vez que o assunto corre em segredo de justiça.