Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio - A nacionalização das reservas de gás na Bolívia não deve afetar o abastecimento, nem os preços do gás natural no Rio de Janeiro. A avaliação é do secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner Victer. Para ele, o estado está parcialmente "blindado" contra problemas na Bolívia porque a maior parte do gás é de origem nacional, produzido na Bacia de Campos.
Victer descarta a possibilidade de aumentos nos postos de combustíveis que comercializam o GNV no Rio. "Quem aumentar preços neste momento nós mandaremos a Secretaria de Direito Econômico e de Justiça para verificar porque seria picaretagem. Não há razão nesse momento para qualquer aumento de gás em postos", afirma o secretário.
Segundo ele, um reajuste de preços pode atingir, no futuro, estados que majoritariamente importam gás da Bolívia, como São Paulo e estados do Sul do Brasil. No entanto, agora não haveria motivos para alta de preços, nem mesmo por especulação, uma vez que o Brasil tem contratos de longo prazo celebrados com a Bolívia.