Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O país tem conseguido avançar na redução do trabalho infantil dentro da economia formal, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesses espaços, a fiscalização ajuda a evitar novos casos e punir empreendedores. "A punição é direta, você tem a quem responsabilizar", explica o coordenador nacional do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, Pedro Américo.
Por outro lado, as ocupações informais, como venda de doces em semáforos, ainda são preocupantes. É nesse tipo de serviço que as crianças estão mais expostas "ao perigo", afirma Pedro Américo. Os males vão desde o possível contato com "pedófilos", "marginais", até a exploração sexual e o aliciamento no tráfico de drogas.
Nesta semana, Brasília vai receber representantes de 35 países na 16ª Reunião dos Países Americanos da OIT, realizada a cada quatro anos. O trabalho infantil será um dos temas em destaque. Durante o encontro, será lançado o relatório "A eliminação do trabalho infantil,
um objetivo ao nosso alcance", com um mapeamento do problema em todo o mundo.
O monitoramento dos casos feito pelo Chile, Costa Rica e El Salvador é considerado exemplar pela OIT. Para Pedro Américo, o Brasil já possui os instrumentos necessários para monitorar em profundidade o tema. Os mapas de indicativos do Ministério do Trabalho, as pesquisas quantitativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os estudos qualitativos das universidades e uma rede de informações chamada Rede Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, integrada pelo Fórum e pelos estados.
JRS