Gasoduto Venezuela-Brasil-Argentina deve gerar 1 milhão de empregos, diz Chávez

26/04/2006 - 19h35

São Paulo, 26/4/2006 (Agência Brasil - ABr) - A construção do Grande Gasoduto do Sul, ligando Venezuela-Brasil-Argentina deve gerar um milhão de postos de trabalho. A informação foi dada hoje (26) pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, que participou de reunião na capital paulista com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner, da Argentina.

Ainda não foi firmado o acordo para o gasoduto, mas Chávez disse estar confiante na aprovação. "Vamos ter o gasoduto", assegurou, ao lembrar que "a Venezuela possui 150 trilhões de metros cúbicos de reservas de petróleo comprovadas, o que corresponde a 5% do gás de todo o mundo e a 80% do gás da América do Sul".

O presidente da Venezuela ressaltou a importância da obra para a integração entre os países sul-americanos com vistas à independência e ao desenvolvimento: "A união é nosso único caminho". De acordo com Chávez, todas as nações da América do Sul serão convidadas oficialmente a integrar o projeto.

Um dos países-chave nessa proposta é a Bolívia, que já possui um gasoduto com o Brasil. "A Bolívia deve ser prioritária por causa de sua reserva, que é a segunda maior latino-americana. Terei uma reunião no sábado (29) para acertar essa questão com Evo Morales", afirmou Chávez.

A proposta inicial do gasoduto surgiu há quase sete anos, na Venezuela, e deverá ser apresentada internacionalmente antes de junho, segundo o embaixador da Venezuela no Brasil, Julio Garcya Montoya. A previsão é de que as obras comecem em 2009 e prossigam até 2017.

Da reunião da manhã de hoje participaram também os ministros de Relações Exteriores, Celso Amorim, e de Minas e Energia, Silas Rondeau, além do assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.