Brasília, 12/4/2006 (Agência Brasil - ABr) - O coordenador da área de pessoal da TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), Márcio Marsillac, informou que o seqüestro de parte dos bens da empresa, determinado pela Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro, atende a "um pleito antigo dos funcionários, que precisam de um mínimo de segurança".
Marsillac participa da comissão de funcionários que busca apoio, em Brasília, para o plano de recuperação da empresa. Eles já conversaram com o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Adylson Mota, e com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Mauro Barbosa. A previsão é de um encontro, nesta noite, com o ministro da Defesa, Waldir Pires.
Segundo o coordenador, "falta, no governo, um interlocutor que possa centralizar as discussões em torno dos problemas da companhia". Ele defendeu que recuperar a Varig, "mesmo sendo uma empresa privada, é importante também para o governo, pois ela é um bem nacional, que gera empregos".
Na opinião de Marsillac, a intervenção no fundo de pensão da empresa (Aerus), decidida pela Secretaria de Previdência Complementar, "foi uma medida precipitada, pois o uso de recursos do fundo ajudaria a assegurar a recuperação". O plano da Varig, no momento, de acordo com o coordenador, é de demissão de 2.900 servidores e redução em 30% nos salários dos que ficarem.