Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - Em 2004, os brasileiros mais ricos ganhavam 16 vezes mais do que os trabalhadores mais pobres. Mais uma vez, o salário das mulheres era inferior ao dos homens em ambas as classes sociais. As informações são da Síntese de Indicadores Sociais 2004, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desenvolvido com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004 (Pnad), o estudo aponta que os maiores rendimentos pagos naquele ano foram para os empregadores (R$ 2.366,00). Depois vieram os militares e funcionários públicos estatutários (R$ 1.300,10) e os empregados com carteira de trabalho assinada (R$ 784,60). Os trabalhadores domésticos receberam os menores rendimentos (R$ 355,20).
A desigualdade regional também foi marcante em 2004. Segundo a pesquisa do Instituto, os menores rendimentos foram pagos no Nordeste (R$ 492,50) e Norte (R$ 667,10). A menor diferença entre as duas regiões foi na categoria dos trabalhadores domésticos (77%).
Os trabalhos de melhor remuneração com carteira assinada e também a maior proporção de empregadores estavam concentrados nas regiões Sudeste (39,4% e 4,5%, respectivamente) e Sul (35,1% e 5,2%, respectivamente).
Já a maioria dos trabalhadores informais e por conta própria, que totalizavam 40,2% da população ocupada em 2004, estavam mais concentrados no Norte (13,6% e 18,4%, respectivamente) e Nordeste (14,4% e 20,3%). Os militares e funcionários públicos estatutários eram mais numerosos no Norte (11,1%) e no Centro-Oeste (12,4%).