Brasília, 10/4/2006 (Agência Brasil - ABr) - Wlício Chaveiro Nascimento, advogado do caseiro Francenildo Santos Costa, está agora reunido com o delegado da Polícia Federal (PF), Rodrigo Gomes, responsável pelo caso.
Nascimento informou que trataria, na reunião, da quebra oficial do sigilo bancário de seu cliente, autorizada hoje (10) pela juíza Fátima de Paula, da 10ª Vara Federal. Ela atende a pedido da PF, que também recebeu da Justiça mandado de busca e apreensão, na Caixa Econômica Federal, do computador em que o extrato de Francenildo teria sido retirado.
A polícia investiga tanto o caso de violação de sigilo de Francenildo quanto a suspeita que levou à violação. O extrato bancário publicado na revista Época mostra que desde o início do ano o caseiro recebeu R$ 38.860. Francenildo justificou a movimentação financeira afirmando ser filho bastardo de Eurípedes Soares da Silva, dono de uma empresa de ônibus em Teresina (PI), e que teria enviado o dinheiro. Soares nega ser o pai do caseiro, mas confirma que fez os depósitos.
Segundo Nascimento, a quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal já havia sido autorizada por Francenildo no dia de seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos. E não muda as investigações. "Francenildo não teve medo de ser testemunha", disse.
O advogado informou ainda que entrará amanhã (11) com uma ação por danos morais contra a Caixa Econômica Federal e o ex-presidente da instituição, Jorge Mattoso.