Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A oposição, especialmente o PFL, quer que o depoimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no Senado, só aconteça depois que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos ouvir os esclarecimentos do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Matoso sobre a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que é necessário que Matoso esclareça se determinou a quebra do sigilo do caseiro ou se recebeu ordens superiores para que isso fosse feito.
"Até por uma questão de respeito ao ministro da Justiça, é preciso esperar que Mattoso venha à CPI e dê as explicações, sob o risco de o ministro Márcio Thomaz Bastos ter que vir ao Congresso duas vezes", afirmou Agripino Maia.
O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), considera irrelevante a questão de o ministro comparecer ao Senado antes ou depois de um possível depoimento de Mattoso na CPI. "É indiferente. O que importa é a transparência e a vontade do ministro da Justiça de esclarecer qualquer dúvida aos senadores", afirmou o petista.
Tião Viana lamentou que a oposição não tenha chegado a um consenso para que Bastos comparecesse ainda nesta semana ao Senado. Ele ressaltou que o ministro está pronto para "dirimir qualquer dúvida dos parlamentares" a respeito de sua suposta participação na quebra do sigilo bancário de caseiro Francenildo.