Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, criticou hoje (31) o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, apresentado esta semana. Para ele, o documento possui frases "absolutamente descabidas" e conclusões "indevidas".
Ao sair de um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Jaques Wagner falou com jornalistas e comentou o pedido de indiciamento do ex-ministro da Secretaria de Comunicação, Luiz Gushiken, atual secretário do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
"Você caracterizar corrupção ativa ou passiva, isso já é um julgamento", disse o ministro da Relações Institucionais, para quem a citação de José Dirceu no relatório da CPI também é uma atribuição de culpa precipitada. "É uma suposição de que ele engendrou todo um esquema que, por sinal, não foi comprovado."
Jaques Wagner destacou que o governo não interfere no relatório da CPI por ser uma tarefa do parlamento, mas acompanha os trabalhos por existirem membros do Executivo envolvidos. O ministro contou que recebeu de membros da CPI, ligados aos partidos da base do governo, preocupações com relação a juízos de valor feitos no relatório final: "Daí a idéia de fazer um relatório paralelo."