Inflação sob controle faz com que Conselho Monetário corte juros de longo prazo

31/03/2006 - 18h09

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A inflação projetada para os próximos 12 meses dentro da meta de 4,5% e o risco-país abaixo dos 240 pontos foram os argumentos usados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para cortar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 9% para 8,15% por cento ao ano. Esses são os parâmetros utilizados pelo CMN a cada tres meses, para definir o valor da taxa válido para o trimestre seguinte.

O diretor de normas do Banco Central, Sérgio Darcy, disse que houve consenso no CMN – composto pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega e do Planejamento, Paulo Bernardo e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles,.

"O voto foi apresentado pelo presidente do Banco Central e aprovado pelos dois ministros sem maiores problemas", disse, ao responder a jornalistas que lembram a sugestão de Mantega, duas semanas atrás, quando ainda era presidente do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de redução da TJLP em dois pontos percentuais.

"Os dados avaliados por todos os membros do CMN levaram à conclusão, levando em conta o risco e mais a meta de inflação, que essa é taxa vai prevalecer de 1º de abril a junho". A TJLP é utilizada em empréstimos de longo prazo, especialmente para financiamentos na área de infra-estrutura.