Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, fez um balanço dos três anos e três meses em que esteve a frente do ministério após ter o pedido de exoneração aceito pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. Em entrevista coletiva, Ciro disse que deixa o cargo a pedido do PSB, partido a que é filiado para "apoiar o esforço e a estratégia eleitoral nas próximas eleições". Gomes disse que esse "não era" seu plano e afirmou "admitir a idéia" de se candidatar a deputado federal pelo estado do Ceará. Assumirá interinamente o ministério, o atual secretário-executivo Pedro
Brito.
Entre as realizações destacadas pelo ministro Ciro Gomes está o projeto de revitalização e integração do Rio São Francisco. "Sempre procurei imprimir a máxima velocidade e naquilo que pudemos está pronto: o projeto de engenharia, a licença ambiental, o plano de revitalização e a engenharia do exército está mobilizada". De acordo com ele, uma liminar ainda impede que o projeto esteja em "pleno vapor".
A elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) que tem o objetivo de reduzir as desigualdades regionais e promover o desenvolvimento sustentável e conta com a participação de 23 ministérios e secretarias especiais também foi apontado.
Durante a entrevista Ciro Gomes fez um ato de desagravo ao ex-secretário executivo, Márcio Lacerda, em que apresentou documento da Polícia Federal que afirma a idoneidade de Lacerda.
O ex-secretário pediu afastamento do cargo em agosto do ano passado após depoimento da gerente administrativa da agência de publicidade SMP&B, Simone Vasconcelos, à Polícia Federal. Ela o acusou de ter sacado R$ 1 milhão das contas de Marcos Valério no Banco Rural.