Okamotto diz que vai recorrer de todas as formas legais para não ter que ir à CPI

30/03/2006 - 18h42

Cristiane Ribeiro
Enviada especial

Belo Horizonte - O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Paulo Okamotto, disse hoje (30) à Agência Brasil em Belo Horizonte (MG) que vai recorrer de todas as formas que a Constituição permite para não ter que fazer a acareação com o economista Paulo de Tarso Venceslau na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos.

Marcada para terça-feira da próxima semana (04), a acareação pretende confrontar Okamotto com Venceslau, que o acusa de ter comandado um esquema de caixa 2 nas prefeituras do Partido dos Trabalhadores (PT).

"Não queremos fazer uma CPI que não esclareça a população, que não mostre o que está acontecendo. Então, eu vou recorrer a todas as possibilidades legais que eu puder recorrer para garantir os meus direitos de mostrar a verdade como ela é", enfatizou Okamotto.

Okamotto reafirmou que, na qualidade de procurador do PT, pagou as despesas do partido com recursos próprios e da empresa de sua mulher. "É essa verdade que está no banco, nos recibos que o partido lançou na contabilidade e isso não é matéria da acareação". Segundo ele, a acareação com o economista Paulo de Tarso Venceslau é sobre acusações as quais não teriam fundamento. Okamotto disse que ainda vai conversar com seus advogados sobre as estratégias para não comparecer à CPI dos Bingos na terça-feira.

O presidente do Sebrae participou em Belo Horizonte do seminário sobre remessas e microfinanças no segundo dia de atividades da 47ª Reunião Anual dos Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O evento vai até o dia 5 de abril.