Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A carga tributária brasileira em 2005 atingiu 37,82% do Produto Interno Bruto (PIB), 1,02% maior que a registrada em 2004. O total da arrecadação foi de R$ 732,87 bilhões, sendo 70,1% de tributos federais, 25,6% de estaduais e 4,1% de municipais.
Na comparação com 2004, os tributos federais, proporcionalmente ao PIB, foram os que mais aumentaram: 3,2%, seguidos dos estaduais, que subiram 3,1%, e dos municipais, que caíram 5,9%. Os dados, divulgados hoje (30), são do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
O crescimento nominal da arrecadação tributária foi de R$ 82,72 bilhões (diferença entre o total arrecadado de 2005 e de 2004). O aumento real da arrecadação (diferença entre o total arrecadado de 2005 e de 2004, excluindo a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, IPCA) foi de R$ 46 bilhões em 2005.
A arrecadação tributária per capita (soma das arrecadações dividida pelo número de habitantes), que era R$ 2.738,95 em 2002, passou para R$ 3.095,34 em 2003, para R$ 3.587,51 em 2004, atingindo R$ 3.987,46 em 2005. No período 2002/2005, houve crescimento nominal de 45,58% e crescimento real (descontando a inflação) de 11,72%.
Segundo o coordenador da pesquisa e membro do Ibpt, Gilberto Luiz do Amaral, a arrecadação tributária cresceu em 2005 principalmente devido ao aumento do imposto de renda (que subiu, proporcionalmente ao PIB, 10,4%), à Contribuição Social - CSSL (+22,5%), ao Programa de Inclusão Social - Formação do Patrimônio do Servidor Público PIS/`Pasep (+3,6%), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins (+4,3%), e Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS (+2%).