Marcos Chagas e Ana Paula Marra
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, apresentado hoje pelo relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) sugere ao Ministério Público que investigue as responsabilidades do secretário do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Luiz Gushiken.
O texto explica que a investigação deve se deter, especialmente, sobre o que diz respeito à contratação da empresa de consultoria Globalprev pelo fundo de pensão Petros e sobre a influência do ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) na compra de ações da concessionária Rio-Teresópolis pelo fundo de pensão Nucleos.
De acordo com Serraglio, como não houve explicação sobre os critérios empregados pela Petros que definiram a escolha da Globalprev para a prestação de serviço, "fortaleceu a hipótese (...) de que a contratação se fazia por métodos had doc de decisão, estranhos aos padrões comerciais e éticos".
Na opinião do parlamentar, a majoração dos valores do contrato e "a forma inexplicada como este foi celebrado" formam indício de ilícito que teriam justificado as investigações. Serraglio afirma que "a influência político-partidária na nomeação de diretores (da Petros) não permite que se afastem as hipóteses de ingerência indevida, nos interesses do fundo de pensão".
No relatório, Serraglio sugere que o Ministério Público conclua as investigações sobre o tema.