Mylena Fiori
Enviada Especial
Curitiba - Além de estabelecer uma estratégia conjunta para a proteção da biodiversidade, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai aprovaram hoje (29) uma proposta de acordo referente à responsabilidade pós-consumo de resíduos perigosos, como baterias, pilhas, pneus, telefones celulares, eletroeletrônicos, embalagens de pesticidas, lâmpadas e até azeites vegetais. Os acordos foram firmados em reunião extraordinária dos ministros de Meio Ambiente do Mercado Comum do Sul (Mercosul), em paralelo à 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8).
No documento, os parceiros do Mercosul se comprometem a estabelecer critérios comuns e promover políticas coordenadas de gestão de resíduos que podem contaminar solos e recursos hídricos.
"Todos esses resíduos perigosos, que afetam o meio ambiente, precisam ser tratados conjuntamente pelos nossos países", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Segundo ela, o grupo de países megadiversos (com elevada biodiversidade) e a Iniciativa Latino-Americana e Caribenha para o Desenvolvimento Sustentável já contam com iniciativas semelhantes.
O acordo estabelecerá responsabilidades para quem comercializa ou importa produtos cujo descarte põe em risco o meio ambiente e definirá como a comunidade em geral deve armazenar, segregar e devolver tais produtos depois de encerrada sua vida útil. "Quando se tem algum resíduo contaminante de solo ou de água, os efeitos podem atingir o território vizinho. A divisão política e administrativa não corresponde à questão ambiental", destacou o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Vitor Zveibil.