Moradores esperam que complexo petroquímico faça de Itaboraí mais que uma "cidade dormitório"

29/03/2006 - 13h02

Aécio Amado
Repórter da Agência Brasil

Rio – "Itaboraí é uma cidade carente de empregos, é uma cidade chamada dormitório. Quem mora aqui geralmente trabalha fora por falta de trabalho. Vamos ver se agora dá uma melhorada". A esperança é de Alexandre Salgado, presidente da Associação de Moradores de Vila Rica, bairro às margens da Baía de Guanabara. Ali perto, será construído um Complexo Petroquímico, abarcando os municípios de Itaboraí e da vizinha São Gonçalo, ambos da região metropolitana da capital carioca.

"Está todo mundo feliz com a notícia do pólo em Itaboraí, com a esperança da criação de novos postos de trabalho", disse. A estimativa da Petrobras, responsável pelo projeto, é de que sejam criados 200 mil empregos diretos e indiretos, durante a construção da obra.

O presidente da Associação de Moradores do bairro Vila Rica acredita que Itaboraí pode passar pela mesma transformação ocorrida no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com a instalação da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), em 1961. A refinaria levou para a região dezenas de empresas da área de refino de petróleo.

"Assim como aconteceu com Duque de Caxias, a população aqui está nessa esperança", concluiu. Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, conta hoje com uma população de quase 200 mil habitantes. A sua economia é baseada nas atividades de serviços, transportes e construção civil. O investimento da Petrobras na região será da ordem deir R$ 6,5 bilhões. É o maior já feito pela empresa num único projeto´. Outros R$ 3,5 bilhões serão aplicados na construção de um centro de inteligência e uma central de escoamento de produtos líquidos, em São Gonçalo, município vizinho a Itaboraí. A obra será uma parceria da Petrobras com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Grupo Ultra, dono da empresa Ultragaz.