Thaís Brianezi
Enviada especial
Pinhais (PR) - No oitavo dia da 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), 75 ministros de Estado estão inscritos para se pronunciar. Após dois dias de reuniões fechadas do segmento ministerial – também chamado de Alto Nível – eles estão apresentando um pouco do que discutiram aos 3.600 delegados de 173 países que participam da conferência.
"A gente deve comemorar a grande participação ministerial. Mas agora ela significa também muita gente para fazer uso da palavra, nesta plenária", ponderou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que preside a reunião. De acordo com o secretário-geral da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), cerca de 100 ministros participaram desta COP, contra apenas 16 na COP-7, que se realizou na Malásia.
"Estamos controlando com rigor o tempo das falas, cada inscrito dispõe apenas de três minutos, no máximo quatro. Após três minutos, começarei a bater insistentemente este martelo de madeira certificada", afirmou a ministra, bem-humorada.
Na abertura da plenária, depois de ouvir Marina Silva e Ahmed Djoghlaf – que lembraram o aniversária de 313 anos de Curitiba, os delegados assistiram a uma mensagem gravada da vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2004, a ambientalista queniana Wangari Maathai. Ela pediu prioridade para a defesa da Amazônia, região considerada essencial para a manutenção do equilíbrio climático global.
A COP é o órgão deliberativo da CDB, que se reúne a cada dois anos. As decisões acontecem apenas por consenso – e as negociações duram 10 dias. Na segunda semana, acontece o principal evento paralelo da conferência: a reunião ministerial. O papel dela é reafirmar o compromisso dos governos na implementação das recomendações da CDB – que não são obrigatórias (vinculantes), apenas sugestivas.