Flávio Dieguez*
Enviado especial
Baikonur (Cazaquistão) - As últimas experiências brasileiras foram embarcadas pela equipe russa exatamente às 18 horas em Baikonur. Apesar de estarem todas prontas antes disso, as experiências biológicas precisam ficar na geladeira até o último minuto possível, dentro das possibilidades do cronograma de lançamento, porque correm risco de se deteriorarem na nave, em temperatura ambiente.
A informação foi dada por Marta Carvalho Humann, gerente do Programa de Microgravidade da Agência Espacial Brasileira. Humann acompanhou os procedimentos passo a passo até o final.
Ela informou também que o chefe da missão 13 da Estação Espacial Internacional, o russo Pável Vinogradov, ofereceu 10 horas de seu tempo no espaço para ajudar o brasileiro Marcos César Pontes a lidar com as experiências. Esse tempo foi fixado por contrato entre o Brasil e a Rússia.
Segundo Marta, parte da ajuda do russo é inevitável, pois só ele está autorizado a fazer a comunicação com a Terra, à bordo da ISS. Algumas experiências brasileiras são feitas por etapas, e o resultado de cada etapa precisa ser transmitido aos autores das experiências.
Além disso, em alguns casos, há interesse por parte do Brasil que o trabalho de Marcos Pontes seja filmado: Vinogradov, nesses casos, trabalhará como cinegrafista.
*A viagem do enviado especial é resultado de parceria entre a Radiobrás e o Ministério de Ciência e Tecnologia