Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A 47ª reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que começa hoje (29) em Belo Horizonte, capital mineira, vai marcar um período de mudança da instituição. Após 17 anos sob o comando do economista uruguaio Enrique Iglesias, essa é a primeira reunião anual realizada por seu novo presidente. O diplomata colombiano Luis Alberto Moreno foi embaixador de seu país em Washington e também atuou como ministro de Desenvolvimento Econômico.
Outra mudança está na forma de financiamento dos países, segundo Rogério Studart, diretor executivo do para o Brasil e Suriname. Studart afirma que, antes, os financiamentos eram direcionados a projetos específicos.
Agora, o banco se volta para programas gerais de desenvolvimento. "O governo elabora suas estratégias de desenvolvimento e o BID entra em parceria com determinados programas que fazem parte da estratégia do país apoiando e estabelecendo junto a eles os indicadores relevantes de acompanhamento", diz.
Studart aponta principais objetivos do evento a prestação de contas dos trabalhos realizados pelo BID a seus países membros, a discussão sobre o desenvolvimento da regional e o fórum de negócios que a reunião representa. "Esse é um fórum privilegiado, ao mesmo tempo que discute questões de desenvolvimento ele pode aportar recursos", afirma o diretor executivo da instituição.
Criado em 1959, o BID é a maior e mais antiga organização de desenvolvimento regional e principal fonte de financiamento multilateral para a América Latina e o Caribe. O banco tem o objetivo de promover a integração e desenvolvimento regional apoiando programas sociais. O Brasil é sócio fundador e segundo maior acionista do BID junto com a Argentina. È também o maior tomador de recursos da instituição. Atualmente o banco tem 47 países membros, 28 no Hemisfério Ocidental e 16 na Europa, além de Israel, Japão e Coréia do Sul.