Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Doze pessoas foram presas hoje acusadas de tráfico de mulheres para exploração sexual. Os aliciadores ganhavam R$ 700 por mulher enviada à Suíça, onde permaneciam em cárcere privado, sofrendo privação de alimentos e agressões. As mulheres eram obrigadas a se prostituir de 16 a 18 horas por dia.
Os presos serão indiciados pelos crimes de tráfico de pessoas e formação de quadrilha e podem pegar até 32 anos de prisão.
A operação Tarô foi realizada, em conjunto, pela polícia federal brasileira e pela polícia judiciária suíça. Quatro pessoas foram presas na Suíça e nove brasileiras detidas para serem interrogadas, podendo ser deportadas para o Brasil. Aqui, oito pessoas foram detidas e foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.
Segundo nota da PF, a sede da quadrilha, liderada pelo suíço Hunziker Heinz, de 58 de anos, ficava em Belo horizonte (MG). Lá, aliciadores recrutariam mulheres, enviando-as para prostituição em Zurique, na Suíça, onde tinham o passaporte confiscado.
As investigações começaram em 2005. De acordo com o artigo 231 do Código Penal, a pena para tráfico de pessoas varia de seis a dezesseis anos de prisão. A de formação de quadrilha (artigo 288) é de seis a 16 anos de prisão.