Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio - Cerca de 440 mil moradores de áreas rurais do Semi-Árido brasileiro foram beneficiadas com a construção de cisternas com placas de cimento para armazenar água da chuva, utilizada em períodos de seca.
Até o dia 31 de janeiro deste ano, ficaram prontas 88 mil cisternas, pelos cálculos do diretor do departamento de gestão integrada de Políticas da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luiz Anselmo Pereira de Souza.
As áreas de Semi-Árido se localizam nos estados do Piauí, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Bahia e no Vale do Jequitinhonha.
"No Nordeste chove bem em apenas um curto período de tempo. A melhor forma de conviver com esta situação é saber aproveitar os momentos", disse o diretor do MDS, em entrevista ao programa .Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.
Souza esclareceu que cada cisterna tem a capacidade de armazenar 16 mil litros de água, quantidade suficiente para garantir o consumo de uma família de até sete pessoas por um período de oito meses.
Para construir as cisternas, o Programa Fome Zero estabelece parcerias com organizações da sociedade civil, como a Articulação do Semi-Árido (Asa), envolvendo cerca de 800 organizações não-governamentais, sindicatos de trabalhadores rurais e dioceses em todo o Nordeste e em Minas Gerais. O trabalho também inclui parcerias com alguns municípios.
A grande vantagem do programa seria envolvimento das pessoas beneficiadas durante o processo de construção das cisternas, que começa com a escolha das famílias. Têm prioridade famílias com mulheres à frente do sustento, crianças em idade escolar e renda inferior a meio salário mínimo.