Brasília, 13/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, informou hoje (13) a empresários da construção civil que a desoneração tributária sobre 27 produtos do setor é "apenas um primeiro passo". E que para chegar aos 75 produtos reivindicados por eles "é preciso que o governo veja resultados e planos concretos em favor do consumidor".
De uma lista de 27 produtos desonerados, 11 tiveram a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados zerada e outros, reduzida. A meta, segundo Furlan, é "que fique visível o benefício ao público, que ele possa levar o produto mais barato para casa".
O coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva da Construção Civil, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Carlos de Oliveira Lima, participou do Fórum de Desenvolvimento da Construção Civil, aberto por Furlan no ministério. E afirmou que "o foco deveria ser o atendimento das camadas mais pobres da população, pois o país tem hoje um déficit de 7,2 milhões de habitações".
Lima informou que representantes de 70 entidades ligadas à construção civil estarão reunidos amanhã (14) à tarde, na sede da Fiesp, para discutir os "planos concretos" pedidos pelo ministro e propostas para os produtos que eles querem ver desonerados, não só de IPI mas também de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
O ministro sugeriu aos empresários que façam propaganda de seus produtos, "assim como a indústria de automóveis", e que eles se mobilizem para conseguir também facilidades dos governos estaduais para o desenvolvimento da construção civil.
A senadora Ideli Salvati (PT-SC) participou da reunião, segundo informou, a convite do ministro Furlan. Ela afirmou que acompanha o assunto desde as primeiras medidas do governo para desoneração na construção civil. E defendeu que o aquecimento do setor gera mais empregos, melhorando a qualidade de vida das pessoas quando se investe em habitação e em saneamento.