Secretário diz que ProJovem dará nova oportunidade a quem se inscreveu e não se matriculou

12/03/2006 - 10h09

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os jovens que se inscreveram, mas não fizeram a matrícula no Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) de 2005, terão nova oportunidade. "Estamos chamando esses jovens que se inscreveram e não apareceram para fazer a matrícula", informou o secretário nacional de Juventude, Beto Cury. No ano passado, 213 mil jovens fizeram a inscrição, mas apenas 93 mil se matricularam e estão estudando.

De amanhã (13) até 6 de maio estarão abertas as inscrições para o ProJovem. Segundo Cury, o programa está aperfeiçoando o processo de inscrições. "Primeiro, uma chamada forte para a inscrição; segundo, o processo de acompanhamento para se comunicar com o jovem e chamá-lo", explica o secretário.

A comunicação é feita por meio de carta, que agora terá um novo modelo. "Será uma carta especial com teor direcionado e colorida", conta. O governo estuda a possibilidade de criar visitadores que iriam até a casa do jovem. A seleção dos inscritos é feita por meio de sorteio. O programa é realizado em parceria com os municípios, utilizando salas de aula das escolas públicas.

No final do ano passado, a pesquisa Juventude Brasileira e Democracia – participação, esferas e políticas públicas, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pelo Instituto Polis concluiu que o jovem brasileiro tem entre suas principais reivindicações uma escola de melhor qualidade, melhor qualificação profissional, mais espaços de cultura e lazer próximos ao seu local de moradia.

"Sujeitos com profunda crença em suas capacidades, que aspiram a abertura de canais
de participação para que possam ser ouvidos e oportunidades iguais para que vivam
a transformação hoje e não em um futuro inalcançável", diz o texto.

A pesquisa detectou que as políticas públicas voltadas para os jovens devem levar em conta a realidade de cada grupo. O estudo ouviu 8 mil jovens, de 15 a 24 anos, em sete regiões metropolitanas do Brasil e no Distrito Federal, entre outubro de 2004 e maio de 2005.