Preços ao consumidor em fevereiro têm alta menor do que no mês anterior

10/03/2006 - 10h43

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro ficou em 0,41%, abaixo da taxa de 0,59% registrada em janeiro. O índice foi pressionado pelo aumento das mensalidades escolares, cujo reajuste chegou a 5,38%. A maior variação foi no Rio de Janeiro (0,74%), por conta do reajuste de 5,56% das passagens de ônibus urbanos; e a menor foi em Goiânia (0,06%).

De acordo com informações divulgadas hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa só não foi mais alta devido à desaceleração de preços nos grupos de vestuário (-0,54%), artigos de residência (-0,39%) e alimentação e bebidas (-0,28%). O IPCA serve de referência para o governo fixar as metas de inflação.

A gerente de Índices e Preços do IBGE, Eulina Nunes, disse que os preços no grupo Vestuário foram influenciados pelo período de liquidações no mercado. "As roupas masculinas ficaram 1,11% mais baratas, enquanto as femininas caíram 0,88% e as infantis, 0,23%".

Os artigos de residência, como aparelhos de TV, som e informática também ficaram mais baratos com as promoções. No grupo dos alimentos, os produtos que ficaram mais baratos foram cenoura (de 15,82% para -16,51%), tomate (de -26,98% para -13,87%), batata-inglesa (de 17,48% para -10,26%), carne seca (de -4,48% para -7,40%) e feijão preto (de 2,74% para -6,84%).

Segundo Eulina, as passagens de ônibus urbanos e os combustíveis continuaram aumentando, mas em ritmo mais lento. Também ficaram mais caros os planos de saúde, o conserto de automóveis, seguros de veículos, cabeleireiros e gás encanado.

Os preços para o cálculo do IPCA são coletados em 11 regiões (Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, São Paulo, Belém, Curitiba, Porto Alegre e Goiânia), com base nos gastos de famílias que ganham de um a 40 salários mínimos por mês.