Ana Lúcia Caldas
Enviada especial
Porto Alegre - Os governos do Brasil e do Paraguai e a Itaipu Binacional firmaram hoje (10), durante a 2ª Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, um protocolo de intenções para o desenvolvimento rural em regiões de fronteira.
O acordo, além da possibilidade de preservação ambiental e ampliação de produtividade, tornará possível a adoção de medidas conjuntas para o desenvolvimento sustentável – o que vem sendo feito de forma isolada na região –, além de impulsionar projetos na área de saúde humana, animal e vegetal. Com isso, poderá haver maior eficiência no combate a doenças como a dengue e a febre aftosa, por exemplo.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, José Miguel Samek, disse acreditar que ao agregar a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) aos projetos desenvolvidos pela hidrelétrica será possível realizar operações conjuntas que melhorem o trabalho de defesa sanitária animal e vegetal.
"A partir do momento em que temos um organismo internacional, o processo de entendimento é facilitado e os impasses são resolvidos mais rapidamente", afirmou. Segundo Samek, a dificuldade maior está nos entraves burocráticos, que envolvem muitas vezes negociações diplomáticas.
Para Victor Luiz Bernal Garay, diretor-geral paraguaio da Itaipu Binacional, a assinatura do protocolo "mostra que é possivel levar adiante grandes empreendimentos, grandes desafios entre os países" e beneficiará as pequenas comunidades rurais.
A Usina Hidrelétrica de Itaipu produz 25% de toda a energia produzida no Brasil e cerca de 94% de toda a energia consumida no Paraguai.