Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A maior parte dos deputados que votaram pela absolvição dos deputados Roberto Brant (PFL-GO) e Professor Luizinho (PT-SP), segundo o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), não tinha conhecimento do conteúdo do relatório do conselho com o resultado das investigações sobre a denúncia de quebra de decoro parlamentar. O relatório pedia a cassação dos dois deputados.
"A grande maioria do plenário não conhecia o processo", disse. Izar afirmou hoje (9) que estuda ainda a possibilidade de o Conselho de Ética se reunir com os líderes das bancadas antes das votações em plenário, para explicar cada processo.
"A partir de agora, todos os processos que forem ao plenário, o relator, alguns membros do conselho e a presidência deveremos ir a cada líder de bancada e explicar o processo, para cada um", disse. "O papel do Conselho é mostrar o caminho ao plenário".
Para o deputado Orlando Fantazini (Psol-SP), "o que entristece é que os deputados sequer tinham conhecimento do processo. O plenário estava se lixando para o resultado", disse. "Acho que ninguém mais vai ser cassado. O plenário não tem autoridade moral para cassar ninguém", acrescentou.