Trabalhadoras rurais discutem direitos e integração em acampamento no Distrito Federal

07/03/2006 - 18h19

Milena Assis
Da Agência Brasil

Brasília - Discutir os direitos da trabalhadora rural e a integração dela na sociedade, na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, é o objetivo do 6º Acampamento de Mulheres Trabalhadoras do Distrito Federal e Entorno.

Até amanhã (8), cerca de 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e do Movimento do Passe Livre (MPL) participam de debates, painéis e estudos sobre saúde feminina, violência contra a mulher, documentação das trabalhadoras rurais e direito previdenciário.

Segundo Alessandra Farias, uma das dirigentes do encontro, pedagoga e integrante do MST, o dia 8 de março é de muita reflexão para as trabalhadoras do campo e da cidade: "Queremos mostrar para a sociedade a luta por nossos direitos, pela nossa família, por isso estamos colocando em pauta a questão da documentação da mulher e a dos direitos previdenciários, a que elas não têm acesso".

A pedagoga ressalta que os direitos são garantidos pela Constituição brasileira, mas as mulheres e também os homens do campo não os conhecem. "A gente precisa de informação e esta é uma oportunidade para que as trabalhadoras avancem conhecendo seus direitos", afirmou, acrescentando que "em breve distribuiremos uma cartilha sobre direitos e deveres dos trabalhadores rurais e como exigi-los".

Na opinião de Alessandra Farias, apesar de as trabalhadoras rurais não terem muito o que comemorar nesse dia 8 de março em relação à ampliação dos direitos, "há que se festejar a força e a organização feminina de tomar uma iniciativa para lutar, como esses dias de discussão e informação, por exemplo".