Pernambuco terá programação diversificada no Dia Internacional da Mulher

07/03/2006 - 10h13

Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife - Uma programação diversificada que inclui feira de artesanato, culto ecumênico, passeatas de protesto, vigília e seminários, marcam em Pernambuco o Dia Internacional da Mulher, que se comemora amanhã (8).

Na capital as atividades foram abertas ontem (6), com a inauguração da Feira de Economia Popular e Solidária, no térreo do prédio da prefeitura da cidade. Organizada pela Coordenadoria da Mulher do Recife, a feira comercializa artesanato, confecções, comidas típicas e artigos decorativos. O objetivo da iniciativa é mostrar o trabalho de grupos de mulheres vítimas de violência física e psicológica, que lutam pelo sustento de suas famílias.

Amanhã (8), representantes de movimentos sociais de defesa dos direitos da mulher realizam um protesto no segundo jardim da orla marítima de Boa Viagem. Elas pretendem fincar 54 cruzes na areia, para lembrar as mulheres vítimas dos homicídios praticados este ano no estado. Depois será celebrado um culto ecumênico no local.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) programou para as 15h30 de hoje (7) uma passeata que pretende chamar a atenção da sociedade sobre a importância de lutar em defesa dos direitos da mulher. A passeata deve sair da Avenida Conde da Boa Vista, no centro da cidade, e vai até o palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.

Uma vigília promovida pelo Fórum de Mulheres de Pernambuco, às cinco da tarde, na Praça da Independência, dará continuidade à programação. De acordo com uma representante da entidade, Joana Santos, o objetivo da iniciativa é demonstrar a indignação das mulheres pernambucanas com a impunidade.

"Queremos dizer que o movimento feminista não se intimida diante do crescente quadro de violência contra a mulher em Pernambuco, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, e lembrar ao poder público a responsabilidade de promover ações de prevenção e de assistência às vítimas de agressão", enfatizou.

A mobilização pelo fim da violência contra a mulher começou em Pernambuco, está vinculada à organização Articulação de Mulheres Brasileiras e conta com apoio de 22 estados, uma integração inédita no país, na opinião dos organizadores.