São Paulo, 7/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - A cada 100 vagas abertas no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo, no ano passado, 60 foram ocupadas por mulheres, segundo informa pesquisa divulgada hoje (7) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Com a melhoria do desempenho econômico, a taxa de desemprego para as trabalhadoras caiu, em 2005, de 21,5% para 19,7% da População Economicamente Ativa (PEA), a menor desde 1998.
Entretanto, as mulheres ainda são maioria entre a população que permanece em busca de uma colocação no mercado de trabalho. Do total de desempregados, 54% são mulheres.
A taxa de participação manteve-se estável em 55%, embora no maior nível desde 1985. Para os homens, houve queda de 73% para 72,4%. De acordo com a pesquisa, conseguiram mais êxito na disputa por um dos postos de trabalho as candidatas com idade entre 25 e 39 anos, cuja participação aumentou de 1,1%. Para as que tinham entre 40 e 49 anos, as chances aumentaram 0,4%; para a faixa de 50 a 59 anos, 0,4%; e para as jovens de 18 a 24 anos, 0,1%.
Considerando o aspecto raça, as mulheres negras ampliaram sua participação em 0,9%. O levantamento mostra que a taxa de desemprego para as mulheres negras diminuiu mais do que para as não negras, 5,5% e 10,4%, respectivamente.
Quanto ao nível de escolaridade, a pesquisa indica que as maiores oportunidades foram dadas para as mulheres com curso fundamental completo. Para as candidatas analfabetas e com curso fundamental incompleto, houve redução de 7,7% na taxa de desemprego, enquanto o percentual atingiu queda de 8,7% entre as que apresentavam certificado de conclusão do curso fundamental; de 7,7% para concorrentes com ensino médio completo; e de 6,3% para superior completo. Por setor, quem mais ampliou o número de vagas foi a indústria (+8,8%), seguido pelo comércio (+4,8%), serviços (+4%) e serviços domésticos (+2,1%).
A pesquisa também mostra que, pelo tipo de emprego ofertado, houve redução no rendimento médio de 2,1%. Para os homens, ocorreu o contrário, uma ligeira recuperação de 0,7%. O valor médio por hora trabalhada ficou em torno de R$ 4,87, o equivalente a 75,6% do obtido pelos homens, que passaram a ganhar R$ 6,44.