MTE justifica que atraso no repasse de bolsas a Pontos de Cultura é por falta de dados cadastrais

07/03/2006 - 19h23

Bianca Paiva
Da Agência Brasil

Brasília – Movimentos e associações sócioculturais que trabalham em Pontos de Cultura têm reivindicado o repasse de bolsas (R$ 150) para o programa o programa Agente Cultura Viva. O atraso é de três meses. Segundo o secretário de Política Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Remígio Todeschini, o atraso se deve à falta de dados no cadastro dos bolsistas, que é organizado pelo Ministério da Cultura (MinC) e repassado ao Banco do Brasil (responsável pelo pagamento).

O MinC é responsável pela qualificação profissional dos jovens para atividades culturais, por meio de atividades organizadas pelas comunidades nos Pontos de Cultura, e o recurso para as bolsas – para mais de 10 mil jovens – vem do MTE. O Agente Cultura Viva está ligado ainda ao programa Primeiro Emprego.

O secretário justifica que, se houvesse um sistema informatizado que ligasse os Pontos de Cultura ao Ministério do Trabalho e ao Banco do Brasil, as informações chegariam mais rápido ao governo. Segundo ele, essas informações chegam hoje ao Ministério do Trabalho por meio de disquete.

"Deveria ter uma ação informatizada em todos os Pontos que mandariam diretamente para o Ministério do Trabalho, depois de uma verificação e monitoramento", afirmou Todeschini. Ele explica que, além das informações cadastrais dos Pontos de Cultura, é preciso comprovação da existência de trabalho comunitário.

Segundo Todeschini, após o pagamento da primeira bolsa, que deveria ter sido efetuada em 15 de dezembro, os pagamentos seguintes serão normalizados. Ele informa ainda que na próxima semana o Ministério do Trabalho oferecerá 8 mil bolsas ao programa Agente Cultura Viva.