Ministério e secretarias de Saúde discutem intercâmbio de serviços para controle do câncer

07/03/2006 - 19h43

Rio, 7/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - Aumentar o intercâmbio entre os diversos serviços de saúde de controle do câncer é o objetivo da chamada Rede de Atenção Oncológica, que começou a ser implantada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) em 2004. Essa rede está sendo debatida por profissionais ligados ao ministério da Saúde e representantes das secretarias municipais e estaduais de Saúde em seminário aberto hoje (7).

Segundo a coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, Gulnar Azevedo, também estão em discussão parcerias que visam à redução da incidência de câncer no Brasil. Uma delas diz respeito ao tabagismo, que provoca o câncer de pulmão, entre outros males. Esse é o tipo de câncer que mais mata homens no país. Entre as mulheres, perde apenas para o câncer de mama.

"Em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estamos ampliando a fiscalização do cumprimento da lei que não permite o fumo em ambiente públicos fechados. Paralelamente, estamos aumentando o número de centros capacitados para atender portadores de câncer de pulmão, em parceria com as secretarias municipais e estaduais de saúde", informou.

A intensificação do trabalho integrado com o Inca é considerada essencial, inclusive em serviços mais simples ou de prevenção ao câncer, ligados predominantemente às secretarias municipais de saúde. Gulnar Azevedo alerta que cerca de 40% dos casos de câncer são provocados por fatores que poderiam ser evitados. "Se houver, por exemplo, um trabalho mais intensivo em programas antitabagistas ou para estímulo da atividade física, muitas pessoas não chegariam até os hospitais de alta complexidade", afirmou.