Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Educação começou a implantar o programa Acelera Amazônia, que tem como objetivo estimular a pós-graduação no Norte do país. Este mês as universidades da região vão começar a oferecer novos cursos de mestrado e doutorado – desenvolvidos com o apoio do programa –, segundo informou o diretor de Programas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, José Fernandes Lima.
Ele disse que 23 novos cursos de mestrado e doutorado foram a provados no último ano na região. "São18 propostas de mestrado e 5 de doutorado que já foram aprovadas em 2005. Com isso, a região tem 23 novos cursos de pós-graduação. Todos eles foram desenvolvidos com ajuda do Acelera Amazônia".
Além disso, o ministério está ajudando as universidades a equipar laboratórios de cursos de mestrado e doutorado. Foram repassados R$ 2 milhões de reais para as universidades no início de janeiro para ajudar na compra de equipamento e componentes químicos.
O diretor de programas afirmou que o incentivo a novos cursos na região tem dado resultados. "A Universidade [Federal] do Acre, que tinha apenas um curso de mestrado, passou a ter quatro. A de Roraima também abriu curso. Em todas as universidades, nós temos pelo menos um curso sendo proposto e aberto para este ano", disse Lima. Ele disse ainda que, no momento que a região passar a ter entre três e quatro cursos, chegará a situação de auto-suficiência.
O Acelera Amazônia pretende, até 2010, formar três mil novos mestres e doutores na região amazônica. Lima acredita que todos os mestres e doutores que serão formados terão emprego garantido. A região está em desenvolvimento e tem carência de mão-de-obra qualificada, e tanto universidades como empresas da região poderão contratar esses novos profissionais.
Como exemplo, ele citou o estado do Amazonas, onde várias empresas de tecnologia precisam urgentemente de mão-de-obra com nível de mestrado e doutorado. "Há na região amazônica o caso do estado do Amazonas, que tem empresas de altíssima tecnologia, fabricantes de equipamentos eletrônicos e muitas necessitam já dessa mão-de-obra qualificada", explicou. Segundo Lima, quando esses estudantes estiverem formados terão grande chance de arrumar emprego na região.