Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - Os reajustes nas passagens dos ônibus urbanos e nas mensalidades escolares puxaram para cima a inflação até o dia 15 de fevereiro. A taxa não subiu mais devido à queda nos preços dos alimentos e de artigos de vestuário, conforme divulgou hoje (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de fevereiro ficou em 0,52%, praticamente igual à taxa de 0,51% registrada em janeiro. O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA, que mede as despesas de famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos e é usado pelo governo como referência para as metas de inflação.
De acordo com o IBGE, entre 14 de janeiro e 10 de fevereiro (data da coleta dos preços de produtos e serviços para o cálculo do índice) as mensalidades escolares subiram 5,38% e exerceram o principal impacto individual no índice do mês.
No mesmo período, as passagens dos ônibus urbanos subiram, em média, 1,96% nas 11 regiões pesquisadas. Em quatro delas, o aumento foi maior: Brasília (10,70%), Belo Horizonte (6,32%), Rio de Janeiro (4,44%) e Porto Alegre (2,29%).
Já os preços dos alimentos caíram, em média, 0,40%. Os destaques foram o frango (-5,03%) e as carnes (-3,10%). Também despencaram os preços do tomate (-26,50%), da carne-seca (-7,78%) e da cebola (-5,98%). Os preços dos artigos de vestuário caíram 0,28% por conta do início das promoções de verão.
Embora como menos força, o preço do álcool combustível continuou subindo por conta do repasse de aumento praticado pelas distribuidoras. O litro do produto aumentou 5,76%, ante a taxa de 9,22% na leitura anterior do IPCA-15. Já a gasolina aumentou mais em fevereiro. O litro ficou 0,75% mais caro, ante o aumento de 0,59% em janeiro.
Também subiram o transporte escolar (5,76%), o seguro de veículos (3,07%), conserto de veículos (1,73%), óleo (1,43%), lubrificação e lavagem (1,30%) e automóveis novos (1,12%), todos do grupo transportes.