Brasília, 18/2/2006 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, deverá ir amanhã (19) a São Bernardo do Campo (SP), para iniciar o cadastramento de jovens de 16 a 24 anos de idade que queiram participar do Consórcio Social da Juventude do ABC. O cadastramento será na cooperativa de consumo da Volkswagen.
O Consórcio Social da Juventude é uma das modalidades do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE), do ministério, em parceria com organizações não-governamentais. O objetivo é qualificar para o trabalho jovens em situação de "vulnerabilidade pessoal e risco social". As inscrições para cadastrar 2 mil jovens de baixa renda na região do ABC paulista já começaram, semana passada, em Santo André e Diadema; e serão ampliadas também para São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Os jovens selecionados freqüentam cursos com duração de quatro meses que ensinam noções de informática, educação ambiental, apoio à elevação da escolaridade, ética, cidadania, valores humanos, cooperativismo e economia solidária, além de oficinas específicas, voltadas para a demanda de emprego local. Para isso, eles recebem uma bolsa de R$ 150,00 por mês.
De acordo com dados divulgados pelo ministério, o PNPE já qualificou 62.992 jovens em todo o país, dos quais 8.873 estão empregados no mercado formal. Outros se juntaram em associações ou cooperativas para "cavar" seus próprios espaços. É o caso de 20 rapazes e moças do Distrito Federal que criaram a Cooperativa de Produção Audiovisual (Coopavi), destinada à produção de vídeos, programas de informática e gravações multimídia.
Outro exemplo vem da comunidade de Cidade Alta, no Rio de Janeiro, onde jovens qualificados pelo Consórcio Social da Juventude encontraram potencial para geração de emprego e renda na moda e na serigrafia. O grupo já apresentou peças na Rio Fashion Week do ano passado e vai expor trabalhos na Feira Mundial de Tecidos, a partir de segunda-feira (20), na França.
E em Fortaleza, oito jovens de baixa renda da comunidade do Pirambu, depois de participarem do Consórcio Social da Juventude, montaram uma fábrica de pranchas de surfe com empréstimo de R$ 60 mil do PNBE. A produção começou há quatro meses e, das 40 pranchas feitas até agora, já venderam 30 a preços entre R$ 400 e R$ 500. Eles pretendem dar empregos a mais 20 jovens, e acreditam que em apenas um ano terão o retorno do investimento inicial.