São Paulo, 13/2/2006 (Agência Brasil - ABr) - O crescimento das exportações em 2006 deverá ser de 9% a 10 %, segundo estimativa do Conselho Superior de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosec/Fiesp). O conselheiro Octavio de Barros lembrou que, apesar de o número ser inferior ao registrado em 2005, só observou queda nas exportações durante os planos Cruzado, Collor e Real.
"Não consigo imaginar as nossas exportações reduzindo-se no agregado, no conjunto. Alguns setores podem sofrer queda, mas, no geral, não haverá redução significativa", afirmou Barros, depois de participar de reunião fechada do Cosec sobre as perspectivas da balança de pagamentos do país.
Ele informou que os membros do conselho discutiram o cenário global, as exportações brasileiras e estrangeiras. A conclusão foi de que a possibilidade de obter um superávit de R$ 40 bilhões este ano é um bom cenário.
"A economia mundial, apesar da desaceleração, vai exibir crescimento muito parecido como o do ano assado, e o que determina o desempenho das exportações, muito mais do que a taxa de câmbio, é a demanda mundial, que está muito vigorosa, tanto na Ásia emergente quanto nos países centrais. O cenário é benigno para as exportações brasileiras", disse o conselheiro.
Barros explicou que o câmbio em queda reduz a rentabilidade do exportador, mas ressaltou que não se pode esquecer que a demanda mundial continua vigorosa e o exportador busca reduzir custos, melhorar eficiência, para se manter competitivo no mercado internacional. "A verdade é que a demanda mundial é o que vai continuar governando. As exportações adquiriram uma importância muito grande para as empresas no Brasil. O peso das exportações no faturamento total das empresas é impressionante, comparativamente ao que era há cinco, 10 anos atrás".