Homenagens e protestos marcam um ano da morte de Dorothy Stang

12/02/2006 - 7h40

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Homenagens e protestos marcam hoje (12) um ano da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang. O Comitê Dorothy Stang, que reúne movimentos e organizações sociais de luta pela terra, preparou atividades que serão realizadas durante todo o dia no município de Anapu e na capital paraense, Belém.

Um culto ecumênico, de manhã, inicia as homenagens à missionária em frente à Basílica de Nazaré, em Belém. Em seguida, às 10 horas, será feita uma passeata no centro da cidade para protestar contra os crimes que continuam ocorrendo e as investigações de outros casos que permanecem parados na Justiça.

À noite, o protesto será substituído pelas homenagens. Às 19 horas, o arcebispo de Belém, dom Orani Tempesta, celebra missa na paróquia Santa Maria Goreth, no bairro do Guamá, na periferia da capital. A igreja é freqüentada pelas Irmãs de Notre Dame, congregação à qual Dorothy pertencia.

Anapu

Já em Anapu, às 14 horas, haverá um ato público no Centro de Cultura e Lazer Irmã Dorothy Stang e, em seguida, uma caminhada até o túmulo da freira, no Centro São Rafael, onde será realizado ato ecumênico.

Após o ato, também em Anapu, os procuradores da República Felício Pontes Júnior, de Belém, e Marco Antônio Delfino de Almeida, de Altamira, vão conversar com cerca de 300 famílias de trabalhadores rurais com quem a missionária trabalhava.

O objetivo é fazer um diagnóstico do cenário na região, ainda conflituoso segundo o comitê, e discutir a situação dos projetos de Desenvolvimento Sustentável Esperança e Virola-Jatobá, defendidos por Dorothy Stang. Às 20 horas, será inaugurada placa luminosa em homenagem à misionária, no Centro de Cultura.