Thaís Leitão
Enviada especial
Rio – Com o objetivo de melhorar as condições de trabalho no porto do Rio de Janeiro, um antigo armazém está sendo reformado para abrigar a Organização Gestora de Mão de Obra (Ogmo), organização que faz a escala dos estivadores para cada um dos três turnos diários de atividades.
Segundo Antônio Carlos Soares, presidente da Companhia Docas do Rio, empresa que administra o porto, até o ano passado a escala era feita em um armazém "completamente inadequado. E há sete ou oito anos, era feita na rua", contou. Com as obras, os trabalhadores já estão sendo escalados por meio de um sistema informatizado, com telas espalhadas pelo armazém desativado.
Soares diz que a nova área, cuja reforma deve ser concluída em alguns meses, servirá para abrigar cursos de treinamento e capacitação para os trabalhadores. "Estamos prestes a entregar um espaço que acompanha o sistema de modernização do porto", disse.
As obras, realizadas com recursos do governo federal, também incluem a instalação de um sistema de ventilação, reforma do piso, construção de banheiros individualizados, com chuveiros de água quente e fria, colocação de armários e implementação de terminais de caixas eletrônicos.
Para o estivador José Flor da Silva, que trabalha no porto há 16 anos, as modificações são fundamentais. "Agora dá até orgulho de trabalhar aqui. Eu posso trazer amigos ou a minha família para conhecer meu local de trabalho que não vai ser um vexame", disse.
Desde 2004, o governo federal investiu R$ 116 milhões para obras no complexo portuário do Rio, que engloba o porto de Itaguaí, no norte fluminense, e o de Niterói, na região metropolitana. Os recursos fazem parte do Plano Piloto de Investimentos (PPI), que prevê a aplicação, até 2007, de US$ 3 bilhões em obras de infra-estrutura no setor de transportes.
A repórter viajou a convite do Ministério do Planejamento