Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil
Rio – O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Gilson Cantarino, informou hoje (18), que o Corpo de Bombeiros vai participar, junto com os agentes de saúde, do combate ao mosquito transmissor da dengue no Rio. Na próxima segunda-feira (23) 500 bombeiros serão treinados para começar a atuar a partir de quinta-feira (26).
Segundo ele, a convocação dos bombeiros para a chamada "força tarefa conta a dengue" foi articulada devido ao aumento no número de casos de dengue no Rio. Em 2006, a Secretaria Municipal de Saúde registra 133 casos no estado, sendo 96 na cidade do Rio. Em todo o mês de janeiro de 2005, foram registrados 58 casos no município.
O secretário ressaltou que não está havendo uma epidemia no Rio, mas sim, um surto em alguns bairros na zona oeste do município. "O estado do Rio está como um número de casos dentro da média. O problema são os bairros da Barra da Tijuca e Jacarepaguá (zona oeste), que concentram a maioria dos registros do município", observou, acrescentando que 100 agentes estaduais de saúde foram convocados emergencialmente para auxiliar os agentes municipais. Os trabalhos devem começar amanhã (19), focalizados na região oeste do Rio.
De acordo com Cantarino, ainda estão sendo levantados outros bairros do município que devem receber ajuda do Corpo de Bombeiros, cujo efetivo destinado ao controle da dengue pode chegar a cinco mil. O trabalho desses profissionais, acrescentou o secretário, será diferente do realizado pelos agentes de saúde. "Os bombeiros não vão manusear as máquinas de lançamento de fumaça, mas terão como incumbência fazer a abordagem dos moradores da casa, verificar possíveis focos e tratá-los", explicou.
A escolha do Corpo de Bombeiros também deve ajudar a transmitir mais confiança à população."Na zona oeste há muitos sítios nos quais que as pessoas acabam recusando a visita dos agentes de saúde. Com os bombeiros será diferente, porque eles atuarão uniformizados e em grupo, o que garantirá uma maior segurança para a população", avaliou.