Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo da Venezuela está tentando fechar um acordo com as companhias aéreas de diferentes países para baixar o custo das passagens áreas que forem vendidas a participantes do evento. "O governo venezuelano estabeleceu o compromisso de que as linhas que conseguirem baixar os custos das passagens aéreas terão facilidades, como a não cobrança de parcelas e o pagamento que cada linha área tem que fazer ao chegar ao território venezuelano", afirmou Pedro Vargas, do Comitê Organizador do Fórum Social Mundial. "Isso será dispensado, mas com a intenção de que o custo das passagens diminua."
Vargas faz parte da coalizão de tendências classistas da União Nacional de Trabalhadores de Central Alternativa da Venezuela da Convergência dos Movimentos dos Povos das Américas (Conpa). Para ele, "a realização do fórum na Venezuela é um prenúncio de que o processo político que vive a pátria de Bolívar é, na atualidade, uma expressão clara de interesses e de solidariedade com as mudanças políticas que estão sendo produzidas no nosso continente".
O organizador afirma que todas as caravanas que vierem do Brasil e do Bloco Andino – Colômbia, Peru, Bolívia, Equador – terão mais facilidades para entrar na Venezuela. "Todas as pessoas que solicitarem receberão um visto de cortesia. É um convênio com Estado venezuelano, que decidiu que todos os países que precisam de visto para entrar no país já estão dispensados da necessidade de visto". Ele ressalta, porém, que os interessados em participar do Fórum devem procurar os consulados ou embaixadas para tomarem as medidas necessárias.
Vargas afirma que o comitê organizador do FSM também está tentando sensibilizar o governo venezuelano para que sejam firmados convênios com outros países com o objetivo de transportar delegados do Caribe em barcos. "Diante das dificuldades que o Caribe tem e pelo interesse que nós venezuelanos temos de que todos os países estejam presentes e sabendo das dificuldades que o Caribe tem para as passagens estamos vendo a possibilidade de que o transporte seja feito em barcos. Estamos falando de dar a maior facilidade para que todos e todas as delegadas e delegadas que queiram estar presentes consigam estar presentes".
Uma organização dos pobres dos Estados Unidos, formada por mais de 100 delegados, que luta pelos direitos humanos e econômicos naquele país também deverá ir a Caracas. "Esperamos que os pobres norte-americanos venham a Venezuela para mostrar tudo sobre as vítimas do furacão Katrina e para falar sobre a violação dos direitos humanos. Esta organização também vai expor uma condição da verdade nos Estados Unidos. Ou seja, apresentarão da violação dos direitos humanos pelo Estado norte-americano".