Em nota, Embraer se diz "desapontada" com cancelamento de contrato com EUA

13/01/2006 - 16h09

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A direção da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embaer) se declarou "desapontada com a mudança de planos" de vender aeronaves para o Exército dos Estados Unidos. A Embraer comunicou hoje (13) a suspensão dos planos de montagem, em parceria com a empresa Lockheed Martin de aviões ERJ 145, na Flórida. A medida foi tomada, segundo a empresa, depois de novas exigências do Exército norte-americano com relação ao projeto, que envolve a fabricação de um jato de vigilância e reconhecimento.

Mas a Embraer declara a disposição de manter o Cecil Commerce Center (CCC), em Jacksonville, como "local escolhido para suas iniciativas de defesa na América do Norte". Os planos da fabricante brasileira de aviões no CCC começaram em 2003 quando ela escolheu o projeto do jato ERJ 145 como plataforma de trabalho, o qual foi aceito na concorrência que venceu junto ao Exército americano. No entanto, os últimos estudos do contratante "recomendaram que o modelo não comportaria o equipamento necessário para seu emprego dentro das exigências da nova geração do sistema de vigilância de campo de batalha para o Exército dos Estados Unidos", programa conhecido como Aerial Common Sensor (ACS).

"Permanecemos extremamente confiantes na capacidade de nossa linha de produtos em atender plenamente as necessidades do cliente e pretendemos buscar oportunidades com o governo dos Estados Unidos com a mesma determinação e espírito de cooperação que tem caracterizado nossas atividades até hoje", diz a Embraer na nota à imprensa.