Rio, 3/1/2006 (Agência Brasil - ABr) - Os comerciantes do Rio de Janeiro gastaram R$ 2,8 bilhões com segurança, em 2005. O número, revelado por uma pesquisa do Instituto Federação do Comércio do Rio (Fecomércio/RJ), corresponde a 2,5% do faturamento total do segmento comercial no estado e é o mais alto dos últimos três anos.
Segundo a diretora do Instituto, Clarice Messer, o valor é expressivo e poderia ser gasto com outras necessidades, como treinamento de pessoas, novas tecnologias, marketing da empresa e ações sociais.
"É um gasto que, no fundo, tira pedaço de orçamento de outras áreas que estariam voltadas muito mais para o desenvolvimento da empresa do que para a proteção física do negócio, mas é uma realidade com a qual nós convivemos", afirmou Clarice.
Ela acredita que os gastos não seriam reduzidos, mesmo se o governo investisse mais em segurança pública. "Nós temos hoje em dia, no mundo em que vivemos, uma cultura de segurança preventiva já introduzida e muito alicerçada na nossa sociedade", ressaltou.
No primeiro semestre de 2005, o setor que mais investiu em segurança foi o de diversão, com 5,4% do faturamento voltado para a questão. As grandes lojas, chamadas de magazines, ficaram em segundo lugar, com 5,3% do orçamento. No segundo semestre, os maiores gastos ficaram com os cabeleireiros e as óticas, ambos com 8,3%.
O ano de 2002, primeiro ano da pesquisa da Fecomércio, registrou os maiores gastos com segurança. Foram cerca de R$ 4 bilhões, ou 3,7% do total do faturamento do segmento comercial naquele ano.