Agentes de controle urbano do Rio queimaram cerca de 130 mil produtos piratas

03/01/2006 - 12h45

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio – Cerca de 130 mil produtos piratas, entre CDs e DVDs, foram destruídos hoje (3) no Rio de Janeiro, por agentes municipais de controle urbano. Os produtos foram apreendidos no comércio ambulante da cidade, em operações realizadas por fiscais municipais no ano passado.

Segundo o secretário municipal de governo, João Pedro Figueira, o comércio ilegal traz inúmeros prejuízos para todo o país. "É preciso combater o comércio irregular. A informalidade é hoje um mal para o Rio e para o Brasil, pois destrói muitos empregos formais", disse ele. Dados da prefeitura apontam que, atualmente, a indústria informal compromete 18 mil empregos formais no Rio de Janeiro.

Além de destruir os artigos piratas, a prefeitura vai doar o material das capas dos CDs e DVDs para a organização não-governamental Obra Social, que atende mais de 200 comunidades carentes em todo o município. A instituição vai vender os artigos de plástico e papel para cooperativas de reciclagem.

Uma pesquisa sobre hábitos de consumo ligados ao mercado informal, divulgada em 2005 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), aponta que o Brasil deixa de arrecadar R$ 12,8 bilhões por ano em impostos por conta da pirataria de três setores: roupas, tênis e brinquedos.

Segundo o estudo, esse valor seria suficiente para cobrir 26% do déficit da Previdência Social. Uma simulação do impacto do mercado informal de brinquedos, roupas e tênis mostra que os três setores movimentam cerca de R$ 32 bilhões por ano. O setor de CDs piratas, ainda de acordo com o estudo, lidera o ranking dos produtos mais fabricados (70%) e mais comprados (67%) no mercado informal.