Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - A Transpetro, subsidiária da Petrobras, recebe no próximo dia 16, em sessão pública, propostas para a construção dos primeiros 26 navios petroleiros que vão integrar o Programa de Modernização e Expansão da Frota. A estimativa é de que a construção dessas embarcações gere cerca de 22 mil empregos no país.
As propostas serão entregues pelos oito participantes da licitação reunidos em consórcio ou isoladamente: dois baseados no Rio de Janeiro (RJ), um em Niterói (RJ), um em Angra dos Reis (RJ), um em Recife (PE), dois no Rio Grande do Sul e um em Itajaí (SC). Seis dos oito maiores estaleiros estrangeiros participam da licitação, associados a empresas brasileiras.
De acordo com a assessoria de imprensa da Transpetro, a expectativa é de que os contratos sejam assinados com as empresas vencedoras até março. Os primeiros navios devem entrar em operação neste ano.
Para o presidente da Transpetro, Sergio Machado, esse é um momento especial para a indústria naval brasileira, que há 20 anos não encomendava navios de grande porte. "A licitação desses navios permitirá o investimento para a produção em escala, o que não ocorre há mais de 20 anos neste país", afirmou.
Machado lembrou que a indústria nacional chegou a ocupar, na década de 70, o segundo lugar no ranking mundial de construtores de grandes navios. "Enquanto nossos estaleiros estacionaram, o mundo explodiu na produção de navios e os estaleiros internacionais atingiram alto estágio de modernização tecnológica. Hoje, são produzidos mais de mil navios, com movimentação de cerca de U$ 70 bilhões, a cada ano. O ressurgimento de nossa indústria de grandes navios permitirá que o Brasil volte a ocupar um lugar de destaque nesse mercado".